Em seguida anos de regulação rígida e intervenções estatais, Xi Jinping deu indícios nesta semana de que, diante da economia trepidante, optará por reconstruir pontes com o mercado privado na China e voltar a focar empresas de tecnologia uma vez que secção do processo.
Em uma reunião histórica na segunda-feira (17), desfilaram pelo Salão do Povo nomes uma vez que Ren Zhengfei (Huawei), Wang Chuanfu (BYD) e o recluso Liang Wenfeng (DeepSeek).
Para não deixar dúvidas de que Pequim pretende enterrar a caça às bruxas que caracterizou o setor em 2020 e 2021, mesmo o bilionário Jack Ma deu as caras na reunião. Ele estava distante da vida pública há cinco anos depois fazer críticas a reguladores econômicos que bloquearam o IPO da sua empresa de crédito Ant Group.
O encontro foi amplamente interpretado uma vez que um sinal de que Pequim pretende restaurar a crédito nas empresas privadas e substanciar a teoria de que a China precisa de seus “campeões nacionais” em um contexto de pressões externas. O país tem focado esforços no impulsionamento de indústrias uma vez que veículos elétricos, perceptibilidade sintético e semicondutores, áreas essenciais para a superação de barreiras impostas pelos EUA.
É nesse cenário que o setor de tecnologia ganha destaque. Empresas uma vez que Huawei, BYD e Xiaomi, que enfrentaram severas limitações em mercados ocidentais, representam a resiliência da China frente às sanções e tarifas impostas pelos Estados Unidos, nas palavras de Xi.
A Huawei, por exemplo, já foi um dos maiores players no mercado de smartphones, mas tem se reposicionado para focar consumidores domésticos e tem lançado produtos uma vez que o Mate 60 Pro, que utiliza processadores fabricados nacionalmente.
A BYD, que superou a Tesla em vendas de veículos elétricos, agora se expande globalmente, com fábricas na América Latina (uma delas já em funcionamento na Bahia) e no Sudeste Asiático.
Mesmo assim, a retórica de Xi de suporte ao setor privado não oculta o potente viés ideológico que permeia as relações entre o Estado e o empresariado. Durante o encontro, o líder chinês reforçou que a imposto dos empresários deve estar alinhada com os interesses do socialismo com características chinesas.
“Empresários privados devem cultivar sentimentos patrióticos e integrar seus interesses à culpa pátrio,” ele destacou, deixando simples que a autonomia privada não é uma opção no padrão do país e que, se quiserem prosperar, empresários precisam manter cooperação estreita com o Partido Comunista.
Em resumo, o controle econômico previsto pelos pilares do tal “socialismo de mercado” não estão abertos a negociação ou questionamento.
A reunião reforçou a estratégia de restaurar a economia com investimento inteligente em setores altamente produtivos.
As big techs locais, porém, seguem fortemente dependentes do humor extrínseco e da vontade política no Poente. Empresas chinesas precisarão logo não somente restaurar sua posição no mercado global, mas também se proteger contra as ameaças crescentes de bloqueios tecnológicos e comerciais, o que invariavelmente demandará suporte político e financeiro do Estado.
A incerteza quanto ao porvir das intervenções estatais estava adiando investimentos e deixando empresários cautelosos. A pomposa cerimônia com os representantes de grandes marcas serviu uma vez que sinalização de que, ao menos por hora, o ciclo de perseguição regulatória e legítimo acabou. Se vai convencer no longo prazo, é outra história —basta que, no pequeno, impulsione a competitividade e garanta a ininterrupção do ciclo de inovação.
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