No mais recente incidente na crescente crise entre a Rússia e as forças da Otan no mar Báltico, um avião de vigia francesismo em ação na região foi disposto na mira de um poderoso sistema antiaéreo de Moscou, na madrugada da quinta (16).
O caso foi descrito nesta sexta (17) pelo ministro da Defesa francesismo, Sébastien Lecornu, no X. Segundo ele, uma aeroplano Atlantique-2 estava participando de uma missão de monitoramento de navios na costa da Suécia quando seus sensores mostraram que ela foi engajada pelo radar de uma bateria S-400.
Baseada em Kaliningrado, o exclave russo que fica na costa báltica entre a Polônia e a Lituânia, a bateria consegue rastrear alvos a até 400 km de intervalo, o que indica que operava no seu limite para lançar seus mísseis. “Essa ação agressiva russa é incabível”, disse o ministro.
Por evidente, Moscou não queria derrubar um avião de um membro da federação militar liderada pelos EUA, mas mandar um sinal de força e intimidação, sob risco de qualquer erro ocorrer. O Ministério da Resguardo russo não comentou o caso.
O incidente é mais grave do que as costumeiras interceptações, de lado a lado, aeronaves rivais na região e em outros pontos de atrito espalhados pelo mundo, porquê os mares Preto e do Sul da China, o estreito de Taiwan ou a costa do Alasca.
Nelas, um caça rival aborda o avião que testa a prontidão das defesas adversárias, mas geralmente não passa disso. Há exceções, porquê o choque de uma aeroplano chinesa com uma americana em 2010 ou a derrubada de um drone dos EUA, abalroado por um caça russo no mar Preto em 2023.
O Atlantique-2 é uma versão bastante modernizada de um bimotor turboélice francesismo que voou pela primeira vez em 1981. Ele integra a primeira leva da operação Sentinela Báltico, da Otan.
A missão começou nesta semana e envolve aviões de reconhecimento, navios e submarinos. Ela foi definida no término do ano, depois uma série de suspeitas de sabotagem de cabos de robustez e de transmissão de dados submersos no mar.
Ninguém foi indiciado formalmente, mas em um dos mais recentes episódios, um navio chinês que havia deixado a Rússia foi investigado por ter pretérito pela região em que foram rompidos dois cabos de filamento ótica com o uso presumido de âncoras baixadas.
Ainda no primeiro ano da Guerra da Ucrânia, em 2022, três dos quatro ramais do portanto mais importante gasoduto ligando a Rússia à Alemanha, o Nord Stream 2, foram explodidos em uma ação de sabotagem submarina. Moscou acusa o Reino Unido e os EUA, enquanto aos alemães dizem que a culpa foi de um grupo radical ucraniano.
“Há motivo para grave preocupação”, disse o secretário-geral da Otan, o holandês Mark Rutte, no lançamento da iniciativa em Helsinque, capital finlandesa.
Além dos navios suspeitos de atividade de sabotagem, que o Kremlin nega, Rutte disse que serão monitorados os petroleiros da chamada “frota sombra” de Moscou —embarcações sem identificação clara que levam óleo sob sanção ocidental da Rússia para clientes mundo afora.
Segundo o secretário-geral, 95% do tráfico de internet da região passa por cabos submarinos. “Os 1,3 milhão de km de cabos garantem US$ 10 trilhões de transações financeiras todos os dias”, afirmou. Há também a questão energética: houve um apagão quando um cabo elétrico entre a Finlândia e a Estônia foi despegado, em dezembro.
Os casos se multiplicaram nos últimos meses, levando à ação da Otan. A região é um teatro estratégico importante desde o tempo da Guerra Fria, quando os três Estados Bálticos eram segmento da União Soviética.
Sua absorvência pela União Europeia e pela Otan é usada por Vladimir Putin porquê prova de que o Oeste traiu a promessa de ajudar a Rússia pós-soviética e procura estrangular estrategicamente o país —o Báltico é a principal saída de Moscou para mares ocidentais.
Com a perda da Lituânia, Estônia e Letônia, sobraram aos russos a costa da região de Leningrado, onde fica São Petersburgo, e Kaliningrado. A invasão da Ucrânia piorou a posição de Putin, com Suécia e Finlândia posposto sua tradicional neutralidade e aderindo à aliança ocidental.
Com isso, o Báltico passou a ser chamado ironicamente de “lago da Otan”, para a irritação do Kremlin. Incidentes porquê o do avião francesismo mostram que a situação ainda pode escalar bastante.
No conflito que completará três anos em fevereiro, as ações de lado a lado seguem em subida, devido à proximidade da posse de Donald Trump porquê presidente dos EUA e a expectativa de que o republicano vá forçar uma negociação de tranquilidade.
Ao menos três pessoas morreram em um ataque leviano russo contra Krivii Rih, a cidade natal de Volodimir Zelenski. Já a região meridional de Belgorodo, na Rússia, foi intuito de seis mísseis balísticos americanos ATACMS, sem danos reportados.