Pelo menos seis pessoas morreram em uma tempestade de inverno que tomou conta de uma parte dos Estados Unidos e levou ao fechamento em volume de escolas, caos nas viagens e cortes na rede de eletricidade.
Sete estados dos EUA declararam situação de emergência: Maryland, Virgínia, Virgínia Ocidental, Kansas, Missouri, Kentucky e Arkansas.
Mais de 2.300 voos foram cancelados, com quase 23 milénio atrasos também relatados devido ao clima extremo relacionado a um fenômeno chamado vórtice polar (entenda mais sobre ele a seguir).
Tapume de 190 milénio pessoas estão sem eletricidade nesta terça-feira (7) em todos os estados que estão no caminho da tempestade.
Neve e saraiva devem continuar a desabar durante o dia em grande secção do nordeste dos EUA, de pacto com o Serviço Vernáculo de Clima (NWS, na {sigla} em inglês).
Quando a chuva se dissipar por uma dimensão maior do país, espera-se que o ar indiferente do Ártico mantenha as condições geladas na América do Setentrião por mais algumas semanas.
Em Washington —onde aconteceu na segunda-feira (6) a reunião para certificar a vitória de Donald Trump na eleição de novembro— houve um acúmulo de 13 a 23 cm de neve.
A ex-esquiadora olímpica americana Clare Egan foi encontrada praticando esqui cross-country no National Mall, a via meão da capital dos EUA.
Ela disse à Associated Press que pensava que seus “dias de esqui talvez estivessem para trás”, depois de se mudar para a cidade.
As crianças, que deveriam voltar às aulas na segunda-feira depois as férias de inverno, aproveitaram um dia de neve enquanto os distritos escolares estavam fechados de Maryland até o Kansas.
Em outras partes dos EUA, a tempestade de inverno trouxe condições perigosas nas estradas.
No Missouri, a sentinela rodoviária do Estado disse que pelo menos 365 pessoas sofreram acidentes no domingo (5), o que deixou dezenas de feridos e pelo menos um morto.
No Kansas, um dos locais mais atingidos, as notícias relataram que duas pessoas morreram em um acidente de carruagem durante a tempestade.
Na cidade de Houston, no Texas, uma pessoa foi encontrada morta por justificação do indiferente em frente a um ponto de ônibus na manhã de segunda-feira, divulgaram as autoridades.
Na Virgínia, onde 300 acidentes de carruagem foram relatados depois a meia-noite de segunda-feira, as autoridades pediram que os moradores evitem guiar em grandes partes do Estado.
Pelo menos um motorista morreu, de pacto com relatos da mídia lugar.
Matthew Cappucci, meteorologista sênior do aplicativo MyRadar, disse à BBC que Kansas City viu a neve mais pesada em 32 anos.
Algumas áreas perto do rio Ohio se transformaram em “pistas de patinação” com as temperaturas gélidas, acrescentou ele.
“Os arados estão presos, a polícia está presa, todo mundo está recluso. Portanto, fique em moradia”, orientou.
O que é o vórtice polar
O vórtice polar é um fenômeno climatológico que ocorre o tempo todo: são ciclones que se formam nos polos, na região da média e da subida troposfera (região mais baixa da atmosfera) e da estratosfera.
Eles se mantêm em diferentes velocidades —e graças a eles o ar indiferente permanece sobre os polos.
Esses ciclones permanentes ficam mais fortes e mais amplos durante o inverno, e perdem a força no verão.
Segundo especialistas, múltiplos fatores climáticos podem fazer com que esse ar acabe liberado, desça em direção ao sul e vá para camadas inferiores da atmosfera.
O resultado é o atual quadro de indiferente intenso que assola a América do Setentrião, que ganhou o nome de tempestade Blair.
Em partes do Canadá, foram registradas temperaturas de -40°C.
A vaga de indiferente também é resultado de outro fenômeno que ocorre no basta da atmosfera: a manante de jato polar, um fluxo possante e concentrado de ar em uma direção específica.
Isso é o que impulsiona a possante frente fria e faz com que áreas de baixa pressão se movimentem.
Esses sistemas de baixa pressão produziram as grandes nevascas dos últimos dias. Mas, detrás dessas áreas de baixa pressão, vem o ar indiferente de verdade: os ventos glaciais que trazem as baixas temperaturas do polo setentrião.
A força do vento combinada com o ar extremamente indiferente é que justificação os problemas que acontecem nessas ocasiões.
A previsão é que essa volume de ar indiferente que vem do Ártico siga para o sul, atravesse grande secção do país durante a próxima semana, e chegue até a Costa do Golfo.
O fenômeno acontece com certa frequência no inverno do hemisfério setentrião. Em 2014, mais de cinco milénio voos foram cancelados e ao menos 16 pessoas morreram em uma vaga de indiferente congelante no meio-oeste dos Estados Unidos.
Em 2019, o vórtice polar deixou dezenas de milhões de pessoas aquém de 0°C na mesma região.
A culpa é das mudanças climáticas?
O meteorologista Simon King, apresentador da BBC, explica que é muito incomum ver uma tempestade de inverno tão grande nos EUA e com temperaturas tão aquém da média, tão ao sul.
Segundo ele, mesmo em alguns Estados nas Planícies Centrais, no término de semana, houve de 30 a 38 centímetros de neve —a mais pesada nevasca da última dezena.
King destaca que, embora exista um aquecimento global universal, há algumas áreas, porquê as regiões do Ártico, que estão esquentando mais rápido do que o resto do mundo.
Algumas pesquisas sugerem que a diferença na mudança de temperatura provavelmente enfraquecerá ainda mais o vórtice polar e, portanto, resultará em mais interrupções, permitindo que o ar indiferente do Ártico seja deslocado para latitudes mais baixas.
Logo, embora muitos possam pensar que em um mundo em aquecimento não haverá tempestades de inverno, esse não é necessariamente o caso.
Ainda que as temperaturas médias geralmente aumentem nos Estados, haverá esses períodos curtos, mas potencialmente severos, de inverno intenso, pontua o meteorologista.
Esta reportagem foi publicada originalmente aqui.
