A vitória nasce do talento e da alma – 19/04/2025 – Tostão

Esporte


Apesar da grande evolução científica do futebol, ainda prevalece no Brasil e em todo o mundo uma vantagem expressiva para os times que jogam em lar contra adversários de qualidades técnicas próximas ou semelhantes. Por quê?

No meio de semana, pela Liga dos Campeões, Barcelona e PSG perderam o segundo jogo fora de lar, mas garantiram classificação para as semifinais por pretexto das vitórias expressivas que tiveram na primeira partida.

Em lar, o Borussia Dortmund, sobrecarregado pela sua superabundante torcida, teve uma atuação soberba na vitória sobre o Barcelona por 3 x 1. Jogou muito mais do que sabe, o que ocorre várias vezes em equipes que atuam em lar. O Borussia fez uma marcação por pressão com uma incrível intensidade, sem deixar que o talentoso meio-campo do Barcelona ficasse com a globo e propiciasse ao extraordinário trio de atacantes chances de marcar gols.

No pretérito, dizia-se muito que a melhor resguardo era o ataque. Hoje, mais importante ainda que ter um magnífico meia de relação, camisa 10, é restabelecer rapidamente a globo no campo opoente.

Já o Real Madrid perdeu os dois jogos para o Arsenal, o que não era esperado. O futebol tem muitas lógicas que se cruzam. Tudo é incerto. Evidentemente, há sempre fatores técnicos e táticos.

Repito, o Real Madrid contratou dois excepcionais atacantes (Bellingham e Mbappé), que estão entre os melhores jogadores do mundo, mas o time não tem mais o estabilidade, o jogo coletivo e a eficiência defensiva que tinha quando jogava com um trio no meio-campo Casemiro, Modrić e Kroos e outro no ataque com Vini, Rodrygo e Benzema (um centroavante bombeiro e armador).

Nas quatro primeiras rodadas do Brasileirão, 40 partidas, exclusivamente seis equipes ganharam fora de lar. O Cruzeiro, com vários caros jogadores contratados na suplente, fez, inflamado pela torcida, uma magnífico partida na vitória por 3 x 0 contra o Bahia. Parecia o Borussia contra o Barcelona, marcando por pressão com enorme intensidade, sem deixar o opoente permanecer com a globo e trocar passes.

Na quarta rodada do brasileirão, exclusivamente Palmeiras, Fluminense e Bragantino venceram fora de lar. O Palmeiras jogou muito muito contra o Inter.

O meio-campista colombiano Richard Ríos marca com grande intensidade e ainda chega à espaço com talento, porquê no lance do gol do Palmeiras. Na seleção da Colômbia ele faz isso melhor, pois o time joga com um trio no meio-campo, um volante concentrado e dois meio-campistas que atuam de uma intermediária à outra (Richard Ríos e Arias).

O Santos, em lar, mesmo com a saída de Neymar no meio do primeiro, ganhou do Atlético-MG por 2 x 0, que é superior. O galo ainda não venceu no Brasileirão. Quatro jogos é pouco, mas os times já começaram a mostrar o seu caminho técnico que veremos ao final da competição. Ainda teremos surpresas.

Além da torcida e de outros fatores, a razão mais importante para possuir muito mais vitórias dos times anfitriões é o psicológico, a pressão emocional positiva para lucrar, ao contrário dos visitantes, que se sentem inibidos diante da torcida e do envolvente opoente. Continua verdadeiro o velho clichê de que o torcedor é o décimo segundo jogador.


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