NY lança novo mapa do metrô inspirado em design de 1972 – 21/04/2025 – Mundo

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A MTA (Metropolitan Transportation Authority), empresa responsável pelo metrô de Nova York, revelou no dia 2 de abril um novo planta do sistema. Com design simplificado e formas geométricas, o diagrama procura tornar a experiência de navegação mais intuitiva para os 3,6 milhões de usuários diários.

A proposta, segundo a MTA, é tornar o sistema “mais fácil para os olhos acompanharem”, com ênfase em acessibilidade do dedo e leitura amigável para pessoas com baixa visão ou deficiências cognitivas. A MTA promete também uma versão do dedo do planta em que será verosímil seguir informações sobre os trens em tempo real.

Veja antes e depois do planta do metrô de NY

Um mapa detalhado do sistema de metrô de Nova York, mostrando as linhas de metrô em diferentes cores, estações e áreas geográficas.

Um mapa do sistema de metrô de Nova Iorque. As linhas viárias aparece com maior destaque, e a precisão geográfica é menor.

Versão antiga (à esq.), usada até abril de 2025, quando foi substituída por um protótipo mais geométrico (à dir.)

Reprodução

A divulgação do novo planta integra uma campanha da MTA para revitalizar a imagem do metrô de Novidade York e substanciar a pressão por investimentos em trens e infraestrutura. O sistema tem enfrentado duras críticas do atual secretário de Transportes dos Estados Unidos, Sean Duffy, que o chamou de “shithole” (lugar de merda, em português) e ameaçou trinchar repasses caso a sucursal não apresente melhorias nas estatísticas de criminalidade e policiamento.

Apesar da vestes tecnológica, o novo planta não é exatamente uma novidade. Seu visual remete ao lendário e polêmico diagrama criado em 1972 pelo designer ítalo-americano Massimo Vignelli, portanto sócio do estúdio internacional Unimark. Com linhas retas, geometria rígida e uma abordagem que priorizava a perspicuidade visual em detrimento da precisão geográfica, o planta dividiu opiniões e acabou sendo substituído poucos anos depois por uma versão mais leal à geografia de Novidade York.

O diagrama de Vignelli fazia secção de um projeto mais vasto de sinalização, desenvolvido ao lado do sócio holandês Bob Noorda. Noorda havia elaborado com sucesso a sinalização do metrô de Milão. A proposta novaiorquina buscava organizar a até portanto caótica informação visual do metrô por meio de placas pretas, tipografia neutra e círculos coloridos, um sistema que se tornaria símbolo da cidade.

O projeto de 1972, no entanto, nunca foi implantado por completo. Depois mudanças na diretoria da MTA, partes fundamentais do projecto foram abandonadas. O planta foi objectivo de críticas do público: os rios eram representados com bege e o Médio Park aparecia uma vez que um quadrilátero cinza, em vez do retângulo verdejante longo que os nova-iorquinos reconheciam de súbito. Diante da repudiação, a versão de Vignelli foi descontinuada poucos anos depois.

No mesmo ano, Bob Noorda foi contratado para desenvolver o sistema de sinalização do metrô de São Paulo. Até portanto, o projeto estava sendo elaborado pela dupla de arquitetos paulistanos João Carlos Cauduro e Ludovico Martino, também responsáveis pelo estampa do logo da empresa, usado até hoje. O projeto entregue por Noorda apresentava grande semelhança com o desenvolvido pela dupla brasileira.

A versão de 2025 tenta um estabilidade entre a lógica modernista de Vignelli e as demandas do público contemporâneo. O novo projeto foi desenvolvido internamente pela equipe de design da MTA, e incorpora elementos de mapas posteriores, uma vez que os do designer Michael Hertz, desenvolvidos em 1979 e 1998. Mais leal à geografia real de Novidade York, ele era considerado mais fácil de localizar-se espacialmente na cidade, mas pecava na perspicuidade das rotas. Sua substituição, portanto, toca em uma questão sensível: o afeto dos moradores por aquilo que já conhecem.

Michael Bierut, sócio do estúdio de design Pentagram, responsável de um projeto de sinalização para pedestres em Novidade York e ex-colaborador de Vignelli, aprovou o novo diagrama: “Ele suaviza aspectos que o público geral achava confusos no projeto de 1972, mas continua leal à lógica geométrica precisa. Não é genérico. É alguma coisa com personalidade nova-iorquina: duro, resiliente, bonito.”



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