As Forças Armadas de Israel anunciaram, nesta quinta-feira (10), que vão dispensar da Força Aérea os pilotos reservistas que assinaram uma missiva na qual pedem publicamente que a libertação dos reféns seja garantida, ainda que ao dispêndio do encerramento da guerra em Gaza.
A decisão ocorre posteriormente a divulgação de uma missiva assinada por murado de milénio pilotos e aviadores de suplente e aposentados, que desafia francamente a política de Binyamin Netanyahu.
O premiê afirmou que apoia a exoneração de qualquer piloto ativo subscritor da missiva. “Declarações que enfraquecem as Forças de Resguardo de Israel e fortalecem nossos inimigos em tempo de guerra são imperdoáveis.”
Para o primeiro-ministro israelense, uma pressão militar crescente contra a Filete de Gaza é a única forma de forçar o Hamas a libertar os reféns capturados nos ataques realizados pelo grupo terrorista palestino em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que desencadearam a guerra.
“Nós, aviadores na suplente e aposentados, exigimos o retorno imediato dos reféns mesmo ao preço da cessação imediata das hostilidades”, diz a missiva publicada nesta quinta-feira em uma página inteira em vários jornais israelenses.
“A guerra serve principalmente aos interesses políticos e pessoais, e não aos de segurança”, afirma o texto. “Unicamente um tratado pode trazer os reféns de volta com toda segurança, enquanto que a pressão militar leva à morte dos reféns e põe em risco nossos soldados.”
Uma trégua de 19 de janeiro a 17 de março permitiu o retorno de reféns (25 vivos e os corpos de 8 sequestrados), em troca da libertação por Israel de murado de 1.800 prisioneiros palestinos.
O Tropa israelense retomou em 18 de março os bombardeios aéreos e a ofensiva terrestre em Gaza. O Ministério da Saúde de Gaza —controlado pelo Hamas— anunciou que 1.482 pessoas morreram nos ataques desde a retomada do conflito.