Morre aos 87 ex-goleiro Manga, tetra carioca com Botafogo – 08/04/2025 – Esporte

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O ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, mais publicado uma vez que Manga, morreu na manhã desta terça-feira (8), aos 87 anos.

Tetracampeão carioca com o Botafogo (1961, 1962, 1967 e 1968), tricampeão gaúcho e bi brasiliano pelo Internacional, Manga estava internado no Hospital Rio Barra, no Rio de Janeiro. Ele tratava nos últimos anos um cancro de próstata.

Titular da seleção brasileira na Despensa de 1966, Manga também enfileirou títulos pelo Pátrio, do Uruguai, sendo o primeiro goleiro do país a fazer sucesso em grandes equipes do exterior.

Reconhecido uma vez que um dos grandes jogadores da posição na história do futebol brasiliano, sua data de natalício —26 de abril— passou a ser considerada o “dia do goleiro”.

Proveniente de Recife, o ex-goleiro começou a curso no Sport, alcançando o tricampeonato pernambucano (1955, 1956 e 1958), antes de transmigrar para o Rio, onde se tornou ídolo com a camisa do Botafogo.

Historiador do Botafogo, Auriel de Almeida recorda que, naquela era, os estaduais eram o campeonato de maior prestígio no cenário pátrio.

Ele lembra que, no primeiro bicampeonato carioca pelo Botafogo, em 1961 e 1962, Manga era um dos principais nomes de um time estrelado que tinha Garrincha, Amarildo e Zagallo. No segundo bicampeonato, em 1967 e 1968, atuava ao lado de Jairzinho, Gérson e Paulo Cézar Caju.

“Ele era um goleiro muito manipresto, de ótimos reflexos e tinha uma reposição de globo rápida, em uma era em que isso não era tão generalidade. Antes do Manga, os goleiros pensavam muito para repor a globo. Muitos creditam o Manga uma vez que um goleiro que fazia o jogo andejar rápido. Ele conseguia tutorar e repor com rapidez, lucidez, raciocínio”, afirmou Auriel de Almeida, historiador do Botafogo.

Posteriormente a passagem de quase uma dezena pelo alvinegro, na qual ainda venceria três edições do Torneio Rio-São Paulo, Manga se transferiu para o Pátrio, do Uruguai.

Segundo Almeida, ele foi o primeiro goleiro brasiliano a se transferir para um clube de relevância futebolística no exterior, tornando-se ídolo no país vizinho.

Pelo Pátrio, Manga foi tetracampeão uruguaio (1969, 1970, 1971 e 1972) e venceu a Despensa Libertadores, em 1971.

Na decisão da Despensa Intercontinental de 1971, o opositor do Pátrio foi o Panathinaikos, da Grécia, vice-campeão europeu —o vencedor Ajax, de Johan Cruyff, abriu mão de participar do torneio.

Posteriormente empate em 1 a 1 em solo helênico, o time uruguaio venceu por 2 a 1 no Estádio Centenário, em Montevidéu, vencendo a competição pela primeira vez. O Pátrio voltaria a levantar a taça da competição em 1980 (batendo o inglês Nottingham Forest do goleiro Peter Shilton) e em 1988 (quando venceu o PSV nos pênaltis).

Manga também teve passagens por Grêmio (vencedor gaúcho em 1979), Coritiba (vencedor paranaense em 1978), e Operário-MS (vencedor mato-grossense em 1977). Seu último clube foi o Barcelona de Guayaquil-EQU, conquistando o campeonato equatoriano em 1981.

Com a camisa da seleção brasileira, o goleiro foi convocado pelo técnico Vicente Feola uma vez que suplente de Gilmar na Despensa de 1966. Assumiu a posição no terceiro jogo da temporada de grupos, contra Portugal, depois traumatismo sofrida pelo titular do posto. Portanto bicampeão, o Brasil de Pelé, Garrincha e Jairzinho acabou eliminado ainda na temporada de grupos.

O goleiro acabou ficando marcado defendendo as cores do Brasil por falhas em um amistoso preparatório para o Mundial contra a União Soviética, em 1965, que terminou empatado em 2 a 2, no Maracanã.

“Era uma era em que havia muito pouca tolerância com goleiros que errassem, desde aquele incidente injusto com o Barbosa, que foi crucificado na Despensa de 1950. Algumas pessoas falam, inclusive, que a tolerância era ainda menor com goleiros negros”, afirmou o historiador.

Os clubes que Manga defendeu ao longo da curso publicaram homenagens nas redes sociais.

“Manga foi um dos maiores goleiros da história do futebol mundial e defendeu nosso Glorioso de 1959 a 1968, tendo integrado dois dos maiores times da nossa história, os bicampeões cariocas de 61/62 e 67/68”, escreveu o Botafogo.

“Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações”, afirmou o presidente do Botafogo, João Paulo de Magalhães Lins.

“Sua atuação na final do Brasílio de 1975, jogando com dois dedos quebrados, simboliza a coragem e a entrega que o tornaram um dos maiores goleiros da nossa história”, destacou o Internacional.

A final daquele ano, disputada no Borda-Rio entre Internacional e Cruzeiro, ficou marcada por uma grande resguardo do goleiro em cobrança de falta do lateral Nelinho.

O time do Inter era comandado pelo técnico Rubens Minelli e tinha nomes uma vez que Falcão e Paulo César Carpeggiani. Venceu a decisão por 1 a 0 com gol do zagueiro chileno Figueroa.

“O Club Pátrio de Football lamenta profundamente o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda “Manga”, Vencedor da Conmebol Libertadores 1971, Despensa Interamericana 1971 e quatro campeonatos uruguaios. Aos seus familiares, amigos e entes queridos, o amplexo mais potente. Adeus, Manga”, publicou o Pátrio.

“O Grêmio lamenta profundamente o falecimento de Hailton Corrêa de Arruda, o ex-goleiro Manga, aos 87 anos. Com passagem pelo Tricolor no término da dezena de 1970, conquistou o Campeonato Gaúcho de 1979. Nossos sentimentos aos familiares, amigos e a todos que acompanharam sua trajetória. Que descanse em sossego” escreveu o Grêmio.



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