O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (7), ao lado do presidente Donald Trump, que defende liberdade para o povo de Gaza.
A enunciação contrasta com a posição anunciada por Netanyahu na semana passada, em que anunciou expansão das operações militares na região para tomar áreas do território palestino e adicioná-las às suas zonas de segurança. Israel ainda afirmou que a população sítio seria retirada em larga graduação.
Nesta segunda, Netanyahu disse que o povo da região precisa ter escolha. “Estamos comprometidos em libertar todos os reféns, mas também em expulsar a maligna tirania do Hamas em Gaza, e permitir que o povo de Gaza realmente faça uma escolha para fazer o que quiser.”
O israelense disse ainda ter discutido com Trump a possibilidade de outros países receberem a população da região, teoria defendida pelo americano desde janeiro, quando defendeu o deslocamento forçado dos palestinos para locais uma vez que Egito e Jordânia, a despeito da negativa desses países.
“O presidente apresentou uma visão ousada, que também discutimos, incluindo os países que poderiam estar disponíveis e dispostos a aceitar palestinos por livre escolha, se eles optarem por ir”, afirmou Netanyahu.
Enquanto o premiê falava em liberdade, no entanto, Trump voltou a usar termos que indicam a expulsão população de Gaza enquanto os EUA reconstroem o território —um projecto que já lhe rendeu acusações de limpeza étnica.
O americano disse que Israel nunca deveria ter entregue Gaza. “Eles pegaram uma propriedade à beira-mar e abriram mão dela em nome da silêncio”, afirmou. Em janeiro, no primeiro encontro com Netanyahu neste procuração, Trump havia dito que poderia fazer da Faixa de Gaza uma “Riviera do Oriente Médio“.
Ainda no contexto de tensões crescentes na região, o presidente americano afirmou que os EUA terão encontro de “cume nível” com autoridades do Irã a partir do próximo sábado (12). Segundo Trump, a conversa será direta, apesar de o Irã ter dito que rejeita esse tipo de negociação; de negócio com Teerã, os diálogos se dariam por meio de intermediação de países terceiros.
“Não faria sentido negociações diretas com uma secção que continuamente prenúncio usar a força e cujos diferentes funcionários expressam posições contraditórias”, disse na noite de sábado (5) o ministro iraniano das Relações Exteriores, Abás Araqchi. “Mas continuamos comprometidos com a diplomacia e estamos prontos para tentar o caminho das negociações indiretas”, acrescentou.
Se confirmado o encontro anunciado por Trump, seria a primeira vez desde 2015 que autoridades iranianas e americanas estarão na mesma sala.
“Estamos tendo conversas diretas com o Irã, e elas começaram. Continuarão no sábado. Temos uma reunião muito importante, e veremos o que pode ocorrer. E acho que todos concordam que fazer um acordo seria preferível a fazer o óbvio. E o óbvio não é um tanto com que eu queira me envolver, ou, francamente, que Israel queira se envolver, se puderem evitar”, disse Trump.