A Secretária de Justiça dos Estados Unidos, Pam Bondi, disse neste domingo (6) que seria “muito difícil” para Donald Trump encontrar um caminho permitido para concorrer a um terceiro procuração uma vez que presidente.
“Gostaria de tê-lo uma vez que presidente por 20 anos”, disse Pam Bondi à Fox News. “Mas acho que isso vai rematar depois deste procuração”, afirmou.
A Constituição dos EUA foi emendada em 1947 para estabelecer um limite de dois mandatos para presidentes, logo depois a morte de Franklin Roosevelt. O democrata foi eleito quatro vezes: em 1932, 1936, 1940 e 1944.
Para voltar detrás na mudança e reformar a Constituição, o republicano precisaria de uma maioria de dois terços de votos, tanto na Câmara dos Deputados (ou seja, ao menos 290 votos) quanto no Senado (pelo menos 67), números que Trump está longe de possuir.
Hoje, os republicanos controlam a Câmara com 218 cadeiras, na presença de 215 dos democratas. No Senado, detêm 53 assentos, na presença de 47 de democratas e independentes.
Depois da aprovação no Congresso, ao menos 38 dos 50 estados americanos (três quartos do totalidade) precisariam também concordar com a mudança por meio de votações nos Legislativos estaduais. Em seu segundo procuração, Trump conta com 29 estados cujos Câmara e Senado locais são controlados pelos republicanos.
A outra maneira de revogar ou autenticar uma novidade emenda seria convocar a chamada Convenção Constitucional. Para isso, são necessários os apoios de ao menos 34 estados (dois terços do totalidade). Uma vez convocada, a proposta de emenda precisaria ser ratificada por 38 estados (três quartos do totalidade). Só portanto seria considerada aprovada e entraria em vigor.
“Essa é realmente a única maneira de fazer isso”, disse Bondi. “Seria muito difícil”.
Pouco depois da posse de Trump, o deputado Andy Ogles, do Tennessee, propôs uma emenda à Constituição para permitir que o atual presidente disputasse de novo. De 1956 a 2019, foram 46 tentativas de mudar esse trecho da Constituição.
Trump tem oferecido declarações de que pode concorrer à Moradia Branca para um terceiro mandado em 2029, quando se encerra o seu segundo governo. Mas a entrevista de Bondi reforça a resistência do círculo próximo do presidente de encampar a ideia.
Republicanos não só evitaram respaldar essa proposta uma vez que a minimizaram, dizendo que o patrão do Executivo estaria adotando tom jocoso.
Em fevereiro, aliados de Trump disseram ao jornal The New York Times que, em conversas particulares, o presidente dizia que estava adotando uma estratégia de diversionismo para invocar a atenção do partido.
Mesma reação teve o presidente do Senado, o republicano John Thune, que disse crer que o presidente está só provocando a oposição.
Ao portal Axios, o diretor de comunicações da Moradia Branca, Steven Cheung, também minimizou a polêmica. Ele afirmou que o presidente acha que “ainda é muito cedo para pensar” em mais um procuração.
Trump, porém, já afirmou que não está brincando sobre possível 3º mandato.
Foi a quarta vez que o republicano flertou com a teoria de forma pública desde que ele foi enunciado vencedor do pleito presidencial, em 6 de novembro. Pela primeira vez, ele disse estar falando sobre o tema de forma séria, mesmo que seus aliados duvidem.
O primeiro glosa de Trump sobre o tema ocorreu uma semana após ser eleito. “Suspeito que não vou concorrer novamente a menos que vocês digam: ‘Ele é tão bom que precisamos desenredar outra solução'”, disse o republicano em 13 de novembro a correligionários no Congresso, onde foi aplaudido por apoiadores.
Em 6 de fevereiro, em um moca da manhã em um hotel em Washington, Trump voltou a insinuar a hipótese. No final de fevereiro, ele perguntou a uma plateia num evento na Moradia Branca se deveria se candidatar mais uma vez.
Com 82 anos e sete meses, Trump já será o presidente mais velho da história ao terminar seu segundo procuração em janeiro de 2029. O democrata Joe Biden tinha 82 anos e dois meses quando deixou o incumbência em janeiro.