De propriedade desde 2018 de uma das lendas vivas do futebol brasiliano, Ronaldo Fenômeno, detentor da maior secção das ações do clube, o Real Valladolid está em situação periclitante, muito perto de tombar para a segunda subdivisão na Espanha.
O time sediado na cidade de Valladolid, no noroeste espanhol, iniciou a 30ª rodada, de um totalidade de 38, na última colocação entre os 20 participantes de La Liga, a 11 pontos da 17ª posição, a primeira a evadir da degola.
Em 29 jogos no campeonato, a equipe ganhou somente quatro, empatou outras quatro e perdeu 21, com 19 gols marcados (pior ataque) e 65 gols sofridos (pior resguardo). Das últimas dez partidas, perdeu nove e empatou uma.
O cenário deixa naturalmente a torcida da cidade de murado de 300 milénio habitantes, a 13ª mais populosa do país europeu, insatisfeita e irritada.
Para tentar amainar esse estado de ânimo, a direção do clube decidiu implementar uma espécie de SAC (serviço de atendimento ao cliente), válido para os aproximadamente 24 milénio sócios-torcedores, que hoje possuem uma vez que vantagens descontos na compra de ingressos e em produtos da equipe.
A teoria de Ronaldo e companhia é gerar uma proximidade maior com a parcela da torcida mais leal e apaixonada pelo Valladolid, compreendê-los melhor.
Informativos semanais, com notícias acerca das atividades da equipe, já são enviadas aos associados, e a essa iniciativa se soma outra, que almeja dar voz a eles.
O diretor da superfície corporativa do clube, Jorge Santiago, estará duas vezes por semana, sempre às quartas e às quintas, das 18h às 19h30, em uma sala no estádio municipal José Zorrilla, onde o Valladolid manda seus jogos.
Nela, receberá individualmente torcedores, 20 minutos cada um, a termo de escutar deles opiniões, sugestões e reclamações, de combinação com o jornal Marca.
Estas últimas devem ser as mais frequentes, e críticas certamente serão despejadas em Ronaldo, cuja saída vem sendo pedida com insistência, e possivelmente no treinador Álvaro Rubio –que defendeu o time uma vez que jogador de 2006 a 2016– e no elenco que falta dia a dia em apresentar um futebol digno.
Nesta temporada, o Valladolid tem em suas fileiras três brasileiros: o atacante Marcos André, 28, camisa 9 e o único a ser escalado regularmente (em 20 atuações, fez um gol), que passou toda sua curso em times pequenos espanhóis; o meia-atacante Kenedy (ex-Fluminense, ex-Chelsea, ex-Flamengo), 29, possessor do maior salário do clube mas que quase não entrou em campo (só duas vezes); e o lateral esquerdo Henrique, 30, ex-Vasco, não relacionado para jogar.
Para ter aproximação ao ouvidor, o torcedor interessado em soltar o verbo, depois de receber uma notícia eletrônica do clube, deve preencher um formulário de matrícula. O Valladolid os colocará em uma lista e os chamará pela ordem de matrícula.
Desde que Ronaldo assumiu o clube, o Valladolid sofreu dois rebaixamentos, em 2021 e em 2023, conseguindo voltar à escol na temporada seguinte. Sua melhor posição nesse período foi a 13ª, em 2020.
Fundado em 1928, o Valladolid não ganhou um título de sentença. Afora alguns primeiros lugares na segunda ou na terceira subdivisão, seu único troféu veio em 1984, na Despensa da Liga Espanhola, competição que teve somente quatro edições.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul aquém.
