Muito se especula sobre quem será o primeiro varão brasílico a vencer um título de Olympia. Quando o tema é esse, a maior secção das pessoas cita Ramon Dino, que compete na Classic Physique, ou qualquer desportista da Men’s Physique. Entretanto, o nome que pode estar mais perto de realizar o feito é Josué Fabiano Barreto Monteiro, espargido uma vez que Gorila Albino.
Josué compete pela categoria Wheelchair (que significa ‘cadeira de rodas’ em inglês). Em 2023, ano em que estreou no palco mais importante do fisiculturismo mundial, ele ficou com o terceiro lugar. Já na edição seguinte, o desportista conquistou a quinta posição no torneio.
Em entrevista exclusiva ao blog, o fisiculturista fala sobre sua preparação para o Arnold Sports Festival, onde ele buscará a vaga para o Olympia 2025, sobre a referência que se tornou dentre as PCDs (Pessoas com Deficiência) praticantes de musculação e diversos outros assuntos.
Lesão e início da curso
Quando tinha somente três anos de idade, Josué caiu de skate e bateu as costelas no meio-fio. A queda gerou uma lesão em sua pilastra, o que causou um atrofiamento de diversos nervos na região. O acidente não tirou completamente o movimento de suas pernas, mas fez com que ele passasse a precisar de pedestal para permanecer de pé.
Logo depois seu início na musculação, ainda durante a pandemia, ele começou a se ressaltar pelo desenvolvimento de seu físico. A mansão maromba e o influenciador do dedo Toguro, que indiretamente o inspiraram a iniciar os treinos na ateneu, também foram aqueles que o alçaram na mídia do mundo fitness.
Para se adequar aos critérios da Wheelchair, Josué teve que deixar as muletas de lado e transmigrar para a cadeira de rodas.
Ao falar sobre expectativas, o desportista admite que sua rápida subida dentro do fisiculturismo “mexe com a cabeça” e comenta: “às vezes, brinco com o Ramon sobre quem vai ser o primeiro varão a vencer um Olympia para o Brasil na história (…) eu compito há muro de dois anos. Com um ano de esporte competitivo, eu consegui meu ‘pro card’ e já fiquei com a terceira colocação – fui o segundo brasílico a atingir o posto de melhor estreia (Eduardo Corrêa estreou no Olympia de 2009 e ficou em terceiro). Logo muitas pessoas colocam esperança em mim”.
A passagem de posto
Assim uma vez que foi a era de Cbum na Classic Physique, a Wheelchair tem um representante sumo atualmente. Harold Kelley, o Kong, já venceu o Olympia seis vezes e enxerga Josué uma vez que o próximo grande rosto da categoria. “Ele me disse que é só questão de tempo: ‘segura essa bronca, porque você vai simbolizar a categoria quando eu me reformar”, relata o brasílico.
De consonância com o fisiculturista, um de seus principais pontos fracos é decorrente do roupa dele não ter sido desportista antes da lesão, uma vez que a maioria de seus adversários: “meu ponto fraco é a região das costas (geralmente, essa é a secção mais difícil para os fisiculturistas dessa categoria treinarem por conta do padrão de movimento dos exercícios). A maioria dos meus adversários ficou cadeirante depois se tornar um desportista, já tinha um físico desenvolvido quando teve que se adequar à repartição. Eu não, eu comecei a treinar quando eu já tinha a minha deficiência. Essa é uma pequena diferença que poucas pessoas param para pensar”.
Representatividade
É generalidade se deparar com o pensamento de que PCDs, ao menos em sua maioria, não praticam esportes. Josué, por sua vez, faz questão de incentivar a prática de atividades físicas por secção de seus seguidores e instrui seus fãs a seguirem um estilo de vida saudável.
Embora ele assuma que toma muito zelo com o que posta pelo seu poder de influência, o desportista admite o bônus e o ônus de ser quem é: “hoje em dia, eu recebo muitas mensagens de pessoas que se inspiram em mim, de cadeirantes que começaram a ir à ateneu e a fazer dieta depois de verem meus vídeos. É uma responsabilidade grande, mas também é muito gratificante”.
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