O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a entrega de um terreno de 180 milénio hectares ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terreno). O proclamação foi feito na quinta-feira (15) em ato transmitido pelo YouTube.
O terreno talhado ao movimento social brasiliano tem extensão um pouco maior do que a cidade de São Paulo e fica no estado de Bolívar, que faz fronteira com Roraima. A entrega faz secção do projeto agrícola Pátria Grande do Sul.
De pacto com Maduro, o MST vai usar o terreno para produzir mantimentos uma vez que banana da terreno, mandioca, inhame, mamão, cana-de-açúcar e feijoeiro, além de frango, músculos de porco, músculos de mancheia e leite. O movimento também atuará na recuperação de áreas degradadas de floresta.
“Esse pode ser considerado o maior projeto dirigido por movimentos campesinos da América do Sul para produzir com métodos e lavoura agroecológica regenerativa mantimentos orgânicos em grande graduação que vão abastecer o nosso povo na Venezuela e o povo no setentrião do Brasil”, afirmou o ditador.
No vídeo do ato, militantes do MST aparecem ao lado de dirigentes chavistas no terreno em Bolívar. “É com muito exaltação, alegria e felicidade que estamos cá hoje fazendo esse ato de reafirmação do MST com o povo venezuelano”, disse Rosana Fernandes, representante do movimento.
Coligado do PT, o MST é historicamente próximo do chavismo e manteve boas relações com o regime Maduro mesmo depois as críticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à meio das eleições venezuelanas em julho do ano pretérito, nas quais o ditador foi reconduzido a um novo procuração.
O CNE (Juízo Vernáculo Eleitoral) afirmou que Maduro foi reeleito com 51% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. O órgão não divulgou os resultados desagregados por urnas, contrariando a lei venezuelana e ignorando os apelos de governos estrangeiros.
A oposição, que diz ter retraído a maioria dos boletins de urna, afirma que seu candidato foi o vencedor da disputa com mais de 70% dos votos. Em seguida dirigentes opositores e manifestantes anti-Maduro serem presos, González se exilou na Espanha.
