O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto neste domingo que proclama o 9 de fevereiro uma vez que o “dia do golfo da América”, pouco depois de rebatizar, de forma unilateral, o nome da região conhecida pelo resto do mundo como golfo do México.
A assinatura do documento aconteceu a bordo do avião presidencial a caminho da cidade de Novidade Orleans, onde Trump assiste ao Super Bowl.
O republicano assinou um ato pouco depois da sua posse, em 20 de janeiro, determinando a diferença da nomenclatura.
Trump vem defendendo a mudança desde a campanha eleitoral. Na ordem executiva sobre o tema, o presidente determina que o Juízo de Nomes Geográficos dos EUA forneça “orientação para prometer que todas as referências federais ao golfo da América, incluindo mapas de agências, contratos e outros documentos e comunicações, reflitam sua renomeação”.
Na prática, a mudança não é simples. Tanto no contextura estadual quanto no federalista, existem diversas leis, tratados e documentos públicos que são ancorados no nome solene de golfo do México.
No último dia 28, o Google Maps afirmou em mensagem na rede social X (ex-Twitter) que vai modificar no nome do golfo do México para golfo da América nas suas plataformas nos EUA. A mudança será visível para quem morar no país.
“Recebemos algumas perguntas sobre nomenclaturas no Google Maps. Temos uma prática antiga de infligir mudanças de nome quando elas são atualizadas em fontes oficiais do governo”, informou o Google Maps na conta “News from Google”, no X.
A plataforma esclareceu que aplica mais de um nome quando eles variam entre países. Por isso, fora dos Estados Unidos, aparecerão duas referências ao golfo.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, já disse ser contra essa mudança e fez inclusive uma graçola irônica dizendo que os EUA deveriam ser chamados de “América Mexicana”.
“Obviamente o nome do golfo do México é reconhecido pelas Nações Unidas. Por que não chamamos [os Estados Unidos] de América Mexicana? Parece bom, não é?”, disse a presidente em entrevista diante de um mapa-múndi do século 17 em que a América do Setentrião aparece com esse nome. “Ele falou sobre o nome, nós também falamos sobre o nome”, acrescentou.
