Foi durante as décadas de 1950 e 1960 que nomes uma vez que Ronald Barnes (1941-2002) e o empresário Jorge Paulo Lemann, hoje com 85 anos, há tempos assinalado pela revista Forbes uma vez que um dos mais ricos do Brasil, fizeram o Rio de Janeiro Country Club respirar tênis.
Localizado no coração de Ipanema, o reduto de exclusivamente 850 sócios, publicado pelo rigoroso rito de recepção e frequentado pela subida sociedade carioca, viveu uma quadra gloriosa na modalidade. Sobretudo pelo desempenho de Barnes, que em 1963 levou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos e foi semifinalista do US Open.
Décadas mais tarde, brotou no lugar outro grande talento do esporte, João Fonseca.
O garoto de 18 anos, que chamou a atenção pelos títulos recentes no Next Gen ATP Finals e no Challenger de Canberra e pelo desempenho no Australian Open, deu seus primeiros passos no tênis no clube. Criado no lugar por influência do avô, Christiano Fonseca, e dos pais, Christiano Fonseca Rebento, publicado uma vez que Crico, e Roberta Fonseca, ele teve de deixá-lo: ficou grande demais para o lugar que aprendeu a invocar de mansão.
“Entre 2020 e 2021 falei para o Crico: ‘O Country está pequeno para o João’. Precisaremos mudar se quisermos coisas grandes”, disse à Folha o empresário Bruno Bonjean, diretor de esportes do clube e sócio da Yes Tennis, responsável pela gestão de treinamento de Fonseca.
Na ocasião, a família foi alertada de que o progresso do jogador poderia ser reprimido no tradicional clube de Ipanema. O portanto jovem de 14 anos desfrutava de conforto, mas já não tinha oponentes à profundeza nem o espaço necessário para crescer.
O Country só permite a presença de associados nas práticas esportivas, o que restringia a lista de adversários e parceiros de treino. As quadras, muitas vezes, precisavam ser divididas com alunos iniciantes e sócios. E havia outro problema: o clube não aceita ter marcas associadas diretamente ao seu nome, o que impedia a captação de patrocínios.
“Ele falou: ‘Mas, Bruno, nós moramos do lado do clube’”, relatou Bonjean, recordando papo com o pai de João. “Respondi para ele: ‘É simples, Crico, o que começou muito já não funciona mais. É transpor ou estagnar’. Era visível que o João adorava permanecer lá, tinha muitos amigos, todos o conheciam, mas ficou cômodo.”
Bonjean e Crico são velhos conhecidos das alamedas do Country e estreitaram relação em 2018, quando o empresário assumiu a direção de esportes do clube, e o pai de Fonseca, a diretoria financeira.
Bruno encorajou o colega a trocar o treinador Juan Pablo Etchecoin por Guilherme Teixeira, até hoje técnico de João. Depois, foi a hora de trocar o lugar e a rotina de estudos para ter mais tempo de dedicação ao tênis. O menino deixou a Escola Americana, que frequentava em período integral, na Gávea, e passou a frequentar o Escola Teresiano, no mesmo bairro.
Veio, portanto, o momento de passar do Country Club para o Itanhangá Golf Club, localizado no bairro que carrega no nome, uma indicação do ex-tenista André Sá. Contratado à quadra uma vez que uma espécie de consultor, Sá jogava golfe na sociedade e apontou que havia três quadras de saibro com pouco uso.
O convenção para a utilização do espaço de forma exclusiva previa a reforma das três quadras e a construção de uma novidade, de piso duro, e de uma liceu. O projeto foi custeado pelos pais de João, e a Yes, que era responsável pelo tênis do Country, migrou junto.
“Ele começou rapidamente a crescer, ter resultados. O João sempre foi muito hostil, nutrimos essa coragem nele”, disse Bonjean.
Fonseca respondeu vencendo o torneio classificatório do Brasil para o Sincero da França juvenil, em Roland Garros, em 2022, e fez secção do primeiro título do país na versão júnior da Despensa Davis. No ano seguinte, foi vice-campeão na chave juvenil de duplas do Australian Open e ganhou notoriedade ao triunfar na chave individual juvenil do US Open.
O carioca passou a liderar o ranking mundial juvenil e fechou contratos de patrocínio com a Evidente –que estendeu a parceria à Yes–, a XP Investimentos, a Yonex e a Rolex e a On Running, marca esportiva de Roger Federer. O convenção com o Itanhangá foi renovado até 2032.
Até aquele momento, os pais do desportista ainda tinham dúvidas sobre seu porvir no tênis profissional. A família chegou a assinar uma missiva de intenções com a Universidade da Virgínia, que cobriria os custos de treinamentos e competições do tênis universitário, a NCAA Division 1, além de certificar a formação acadêmica.
“E se não chegar, se não for profissional, o que vai ser?”, questionava Crico, fundador e mentor da IP Capital Partners, primeira gestora de recursos independente do Brasil.
Mas logo ficou evidente que o temor não era justificado. Aos 17 anos, em fevereiro do ano pretérito, o garoto chegou às quartas de final do Rio Open, deixou de lado a teoria de estudar nos Estados Unidos e adotou uma estratégia pouco ortodoxa, abrindo mão do rodeio sul-americano para meses na Europa com treinador e fisioterapeuta.
A opção deu resultado na viradela do ano, com a sequência de 14 vitórias que fez de João Fonseca um nome de destaque no rodeio, com elogios públicos de Jonh McEnroe, Boris Becker, Novak Djokovic, Carlos Alcaraz e Coco Gauff. O sucesso é escoltado atentamente por Gustavo Abreu, também ligado ao mercado financeiro e ao Country Club, que assumiu a função de manager do desportista.
“Faço tudo o que é verosímil para que o João só pense em tênis, em resfolgar e se cevar muito. Contatos com pessoas influentes, com direção de torneio e coisas ligadas ao dia a dia financeiro os pais deixaram comigo. A minha ingresso foi para que pudessem transpor dessa traço de frente mais dura”, disse Abreu, cônscio de que mourejar com os holofotes agora é secção de seu trabalho.
“A procura aumentou muito. Tentamos sempre explicar que a nossa estratégia continua sendo a mesma: deixar tudo tranquilo ao volta do João. Ele não é um artista ou influencer.”
As decisões mais técnicas, uma vez que a escolha dos torneios, ainda são tomadas especificamente pelo treinador Guilherme Teixeira e os integrantes da sua percentagem com Fonseca. Sempre levando em conta que o desportista, embora contornado de expectativa, é um jovem.
“O João também tem que viver. Tem que namorar, tem que saber a hora de não pensar em tênis”, disse Bruno Bonjean.
Segmento disso é frequentar o Country Club, onde aprendeu a dar suas raquetadas e hoje é tratado uma vez que ídolo.
