A ONG Espacio Público, dedicada à luta pela liberdade de sentença, afirmou nesta quinta-feira (16) que seu diretor, Carlos Correa, foi solto posteriormente permanecer nove dias estagnado na Venezuela.
“Nas primeiras horas deste 16 de janeiro, nosso diretor Carlos Correa foi libertado da prisão”, escreveu no X a entidade. “Agradecemos a todas as pessoas, organizações, governos e grupos que se juntaram no grito por sua libertação. Continuamos o trabalho pela resguardo da honra humana.”
Na semana passada, partidos de oposição venezuelanos e organizações humanitárias condenaram as prisões de Correa e de outros ativistas às vésperas da posse do ditador Nicolás Maduro.
O diretor foi recluso por oficiais encapuzados em 7 de janeiro, três dias antes da cerimônia. Outras operações do tipo ocorreram naquela mesma data, com alvos que incluíram, entre outros, o ex-candidato presidencial Enrique Márquez.
O partido Vontade Popular, de oposição, disse no X nesta terça (14) que pelo menos 19 pessoas tinham sido detidas em todo o país, em um agravamento da perseguição e da repressão conduzidas pelo regime.
Maduro acusa os líderes de conspirarem contra ele e de terem promovido incitação à violência ao participarem dos protestos que denunciavam fraude nas eleições presidenciais de julho do ano pretérito.
Mabel Calderín, esposa de Correa, afirmou que se encontrou com o promotor responsável pelo caso e explicou que o diretor da Espacio Público tinha sido levado a um tribunal especializado em casos de terrorismo dois dias posteriormente ser recluso, em 9 de janeiro.
Segundo ela, o ativista não teve chegada ao seu legista privado, e sim a um patrono público, e não recebeu detalhes das acusações contra ele. Seu sítio de detenção também ficou incógnito durante todo esse tempo.
Correa é professor universitário e uma mando no tema da liberdade de sentença e de prelo na Venezuela. Sua organização contabilizou mais de 400 jornais, estações de rádio e televisão fechados ao longo das mais de duas décadas de administrações chavistas no país.
A Venezuela ocupa o 156º lugar do totalidade de 180 lugares do ranking de liberdade de prelo de Repórteres Sem Fronteiras. Entre os países da América Latina, está supra exclusivamente da Nicarágua (163) e de Cuba (168).
