O ex-piloto brasílico de Fórmula 1 Nelson Piquet teve seu recurso recusado pelo Tribunal de Justiça do Província Federalista (TJ-DF) na condenação por ofensas racistas e homofóbicas ao inglês Lewis Hamilton, pilodo da Mercedes.
A decisão, publicada na última quinta-feira (1) pela Justiça, mantém a indenização de R$ 5 milhões imposta pela 20ª Vara Cível de Brasília em março de 2023. As informações são do 'Poder 360'.
Segundo o juiz Pedro Matos de Arruda, o valor será pago "a título de indenização por danos morais coletivos". O valor será talhado "à promoção da paridade racial e contra a discriminação da comunidade LGBTQIA+, nos termos do art. 13 §2º, da Lei nº 7.347/85".
Em novembro de 2021, Piquet chamou Hamilton de "neguinho" em uma entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira. Ele comentava um acidente entre Hamilton e Max Verstappen no Grande Prêmio da Inglaterra daquele ano. A colisão tirou o neerlandês da corrida.
– O neguinho [Hamilton] meteu o sege e não deixou [desviar]. Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O neguinho meteu o sege e não deixou [Verstappen desviar]. O neguinho deixou o sege porque não tinha uma vez que passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem – disse.
Um segundo trecho, onde o ex-piloto falava de Keke Rosberg na temporada de 1982, também citando Hamilton, foi considerado homofóponta.
– O Keke? Era um bosta, não tinha valor nenhum. É que nem o rebento dele [Nico]. Ganhou um campeonato. O neguinho [Hamilton] devia estar dando mais cu naquela época, aí tava meio ruim – declarou.
Muro de um ano depois, quando as declarações vieram à tona, Pique se pronunciou pedindo desculpas "a todos os afetados". Ele tentou se justificar quanto ao termo utilizado, que seria "ampla e historicamente usado de forma coloquial na língua portuguesa uma vez que sinônimo de ‘pessoa’ ou ‘faceta…", mas admitiu que a fala foi "mal pensada.
